terça-feira, 25 de outubro de 2011

Minha trajetória e meu ingresso no Atendimento Educacional Especializado

Há ainda um grande caminho a ser galgado nesta fase de minha profissão. Sempre digo que ser professora foi escolha do destino, pois foi colocada em minha vida em 1985 com o propósito de ensinar crianças entre sete e onze anos de idade a praticar o esporte esgrima. Minha escolha profissional tinha sido a psicologia, porém deixei o curso para estudar na Inglaterra e, no retorno lecionei numa escola bilíngüe de educação infantil. Desde essa época, 1987, não parei de lecionar. Aprendi na prática e em pequenos cursos de especialização como conviver e dar aulas para crianças.
Tornei-me pedagoga somente em 2001. Ao longo desses anos é interessante relatar que os gestores encaminhavam para minha sala crianças com difícil temperamento e com dificuldades acentuadas de aprendizagem, alegando que tinha o perfil para “lidar” com elas. Antes de buscar a educação especial como recurso para aprender e compreender melhor como desenvolver um trabalho significativo com crianças com necessidades especiais educacionais, busquei apoio no curso de especialização em psicopedagogia.
Em 2007, fui convidada para ingressar em uma das salas recém inauguradas na rede municipal de São Sebastião de recursos para atender crianças com deficiência e ou com dificuldades acentuadas de aprendizagem. Este programa recebe o nome de E.A.P.E. (Espaço de Apoio Pedagógico Especializado) e, desde então, encontro-me nesse trabalho como professora especialista.
Nessa proposta do E.A.P.E., a educação especial é focada na perspectiva da educação inclusiva e vem de encontro com a problemática das práticas predominantes e espera que o foco seja sob o conceito de diferença, como possibilidade de compreender a relação da percepção de si e do outro.
 A partir da aplicação do Decreto nº 6571 por meio das salas de E.A.P.E. (Espaço de Apoio Pedagógico Especializado) no município de São Sebastião é que foram possíveis e esperadas ações que promovessem a participação efetiva de todos os alunos no cotidiano escolar, apesar das barreiras ainda fortemente presentes no ambiente educacional.
Desta forma, a elaboração deste trabalho vem de encontro de um lado com as barreiras ora explícitas e ora implícitas impostas pelas crenças e mitos de uma sociedade retrograda e, de outro com esforços para que se possa vivenciar as conquistas, observarem efetivamente as superações dessas crianças ditas “especiais” neste mesmo ambiente, mas, com um olhar para o todo, com um olhar para as potencialidades e possibilidades, com um olhar para as trocas e em fim, com um olhar para o ser e não para o limite imposto pela deficiência em si.

2 comentários:

  1. Olá Stella e alunos da Sala de Recursos!
    Adorei o blog de vocês. Quanta coisa linda voc~es fazem aí. E que atividades interessantes. Um abração a todos aí da turma da Sala de Recursos daqui.
    Miriam Dullius

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  2. Amiga
    Pelo seu relato parece que a profissão é que te escolheu não é?
    Parabéns pelo blog, bjs

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